O CHC-Brejos Faria situa-se no concelho da Moita, na proximidade do concelho do Barreiro. As atividades nestes dois concelhos interliga-se com a vida diária de muitos dos membros do CHC-BF, justificando assim um olhar mais atentos as estes dois concelhos.
Moita
O concelho da Moita apresenta-se hoje como um dos concelhos subúrbio dos grandes centros industriais e de serviços próximos - Barreiro e Lisboa. Porém, continua a apresentar uma forte componente de atividades tradicionais ligadas ao estuário do rio Tejo, tendo com ele uma frente ribeirinha de 20 km.
Por entre essas atividades tradicionais contam-se a pesca; o transporte de mercadorias entre margens; a produção de sal; o artesanato (latoaria, cestaria, olaria, sendo a mais emblemática a construção de miniaturas de barcos típicos do Tejo centrada nas freguesias do Gaio-Rosário e de Sarilhos Pequenos. )
Barreiro
O concelho do Barreiro, com cerca de 78 mil habitantes, é um importante centro urbano, industrial e rodo-ferro-fluvial.
No séc. 16 aí se estabeleceram fábricas de "biscoito" que abasteciam as naus que saíam de Lisboa, rumo à Índia e o Brasil. No séc. 18 estabeleceu-se em Coina, uma das suas freguesias, a Real Fábrica de Vidro, a primeira em Portugal, tendo sido uma das maiores manufaturas do país e mesmo da Europa, e o embrião da produção de vidro na Marinha Grande.
O desenvolvimento do Barreiro teve início em 1861, com a exploração das linhas férreas até Vendas Novas (57 km) e até Setúbal (13 km).
A criação da linha férrea criou condições favoráveis ao seu desenvolvimento industrial, desde 1898, pela Companhia União Fabril (CUF) tornando-me um importante polo industrial, trazendo o crescimento do operariado e de lutas operárias, tornando-se um polo de desenvolvimento de coletividades culturais e desportivas e da oposição ao regime fascista de então.